Mesmo com o fracasso do evento de Copacabana, porque o Fascismo não está derrotado?
- André Suzano
- 18 de mar.
- 4 min de leitura
Depois da fracassada manifestação em Copacabana, um lugar estratégico para o bolsonarismo, já que se trata do bairro onde está a população com mais pessoas acima dos 65 anos no Rio de Janeiro, o seu público alvo, Bolsonaro e companhia não tiveram muitas fotos, vídeos emblemáticos e nem recursos para manter o discurso golpista de pé.

O núcleo bolsonarista esperava juntar 1 milhão de pessoas, mas o que aconteceu foi que apenas os "coroas de Copacabana", que já passeiam pela praia no domingo comumente participaram da manifestação.
Bolsonaro foi apenas um peão no jogo de xadrex do fascismo, que se alimenta do medo, da falsa moral e do conservadorismo financeiro para se sustentar. Nesse momento, banqueiros, empresas de comunicação e estrategistas políticos já estão se articulando para tirar da cartola outro líder fascista que virá com o discurso anti sistema, mas que assim como Bolsonaro, servirá apenas para garantir que o dinheiro aplicado no Brasil continue fluindo para as mesmas contas bancárias, ainda que seja a custa da guerra interna que vivemos no país.
O dinheiro é o maior motivador da sociedade e as redes de comunicação internas, são pagas com o objetivo de manipular a opinião pública, (o que já vem acontecendo dia após dia, chamando o governo de populista e implantando a mentalidade de que a distribuição de renda afetará o futuro do país).
O Fascismo utiliza as armas de fogo para proteger o capital e Tarcísio tem sido o mais ousado de todos os governantes nesse sentido, utilizando um PM conhecido pela execução de pessoas nas incursões que fez pelas comunidades de baixa renda de São Paulo, sob o discurso da proteção do "cidadão de bem".

Este é um discurso fácil e que cai como uma luva quando o objetivo é amedrontar ainda mais as pessoas que sem recursos de proteção, se tornam reféns dessa situação, que é estrategicamente pensada, planejada e executada, dentro de salas luxuosas onde investidores abastados, sem compromisso com o país, pensam como proteger o seu capital e permanecem usando o que for necessário pra que o plano seja bem sucedido.
Toda a experiência vivida no Brasil mostra que a curva de desenvolvimento da sociedade é insatisfatória, somos praticamente um país rural e extrativista, já que a educação, que é de onde se pode tirar a maior fonte de renda para um país, não recebe investimentos satisfatórios, porque assim como pessoas educadas produzem mais dinheiro, elas também exigem uma melhor distribuição de renda e não caem no discurso fácil de pastores evangélicos, desviando o foco principal dos que mandam no país hoje que é: conservar o capital e o poder nas mesmas mãos.
É necessária uma mudança de mentalidade de gestão para que possamos evoluir de verdade e o fascismo vai usar todas as suas forças para que essa mudança não aconteça, fundamentalmente porque uma vez implantada não há regressão.
O método de gestão brasileiro está muito atrasado.
O Brasil segue o tradicionalismo na sua forma de gestão, o que impede o país de crescer, já que esse método se baseia em destruir o adversário para tomar o poder e não em premiar os melhores parlamentares com verbas e cargos para aqueles que forem realmente talentosos e desenvolverem projetos interessantes para o país. As emendas parlamentares poderiam ser muito melhor utilizadas se houvesse uma evolução no sistema e o deputado precisasse criar estratégias inovadoras para receber e aplicar o dinheiro, o que tiraria o foco da sabotagem para a formação de equipes e desenvolvimento de estratégias mais eficazes. Até a formatação do congresso deveria ser repensada para que esse objetivo fosse alcançado, utilizando como base as técnicas utilizadas pelas empresas que realmente tem dado certo pelo mundo, como Google e Apple, já que a formatação que temos hoje, ao invés de estimular o desenvolvimento, ao contrário estimula ataques de um lado e de outro.
Apresentar projetos e não atacar o adversário.
As maiores empresas do mundo utilizam uma técnica interessante para desenvolver os seus projetos, protótipo, apresentação, teste e avaliação. Quando a Toyota lança um novo carro por exemplo, ele foi criado por uma equipe, aprovado nos salões de automóveis no mundo inteiro, testado exaustivamente em todo o tipo de terreno e situação, incluindo até batidas para avaliar a proteção do indivíduo e avaliação do mercado após a venda para o consumidor, ainda em escala pequena, para somente depois disso tudo, o carro ser fabricado e vendido em grande escala.

A pergunta que fica é: porque o governo brasileiro também não trabalha assim, e continua votando orçamentos bilionários que nunca sabemos no que vai dar?Afinal não foram testados e analisados para saber se daria certo ou não.
Porque o governo não age diferente e começa a premiar projetos que foram testados e aprovados em pequena escala, podendo definir até mesmo os ministérios através disso? O que além de gerar uma competição sadia, separaria os sabotadores incompetentes daqueles que são realmente capazes de agir em grupo para o desenvolvimento do país.
A resposta é simples: Infelizmente o povo brasileiro, sem capacidade de pensar por si mesmo, ainda compra discursos vazios de pastores, padres, da grande mídia e dos donos do capital, que são o braço que comanda o pais.
O que fazer para mudar esse paradigma?
A melhor saída é educação, afinal foi através dela que muitos países superaram esse problema, mas sabemos que os sabotadores tem trabalhado para destruir o investimento em educação no Brasil, mas é nesse ponto que está a saída, porque onde existe um problema também há uma oportunidade. Construir uma rede de comunicação descentralizada, mas que tenha o objetivo de levar o Brasil para nessa direção pode ajudar a superar esse problema rapidamente e quem sabe nos livramos do Fascismo de uma vez por todas.




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